MARCHA DAS MARGARIDAS 2019

Foto: Comissão de Jovens Multiplicadores da Agroecologia (CJMA)

Por Mônica Ivaneide

Aconteceu no Distrito Federal em Brasília entre os dias 13 e 14 de agosto do ano corrente a Marcha das Margaridas, que trouxe mais de 100 mil margaridas, elas do campo, da floresta e das águas, marchando por um Brasil com mais soberania popular,  democracia,  justiça,  igualdade e livre de violência. A marcha começou no dia 13 (terça) a todo vapor,  com a chegada das delegações,  às 08h teve a marcha das mulheres indígenas, que aconteceu na esplanada dos ministérios, logo depois a sessão solene em homenagem à “MARCHA DAS MARGARIDAS”, manifestação em defesa da educação e previdência.

Ao longo do dia aconteceram várias atividades simultâneas como painéis, oficinas temáticas,  oficinas lúdicas, e momentos autogestionados. Nestes dias de distintas atividades aconteceram painéis temáticos sobre as seguintes questões: Enfrentamento a violência contra as mulheres; Tribunal das mulheres por previdência pública, universal e solidária; Oficina lúdica com confecções de matérias para a marcha e Teatro político e oficina autogestionada sobre mobilização e segurança para ativistas. Esta aconteceu na noite do mesmo dia a abertura político cultural da 6°marcha das margaridas, atividades culturais (apresentações musicais e lançamento do 4° festival da juventude rural). Vale destacar que foi importantíssimas as falas feministas como a de Mazé Morais, coordenadora geral da marcha das margaridas 2019. Ela falou que “não irão nos calar, seguiremos fortes e lutando,  basta de destruição,  de machismo,  retiradas de direitos, nossos direitos. Margaridas na luta por mais soberania,  mulheres que tenham autonomia e direito ao seu corpo, lutamos por igualdade,  justiça,  uma sociedade não machista. Nós mulheres continuaremos sendo a rebeldia”.

Foto: Comissão de Jovens Multiplicadores da Agroecologia (CJMA)

A Governadora do Rio Grande do Norte pelo partido dos trabalhadores (PT), Fátima Bezerra discursou “ninguém ouse duvidar da capacidade de lutas das margaridas, estamos vivendo a perseguição política ao LULA, cada vez mais exigindo de nossa inteligência, no meio de toda dificuldade estamos lá em busca de cidadania porque nós somos madeira de lei que cupim não roi.” A Deputada Federal pelo partido dos trabalhadores (PT) Herica Kokay falou que “quando marcha a gente se gigantea cada vez mais, estamos aqui para dizer que a gente vai encarar essa faixada golpista, a gente é acostumada a quebrar barreiras. Somos eternas sementes e se eles nos enterramos nós iremos florescer.” E nesse ritmo seguiram seguiu-se com várias outras falas feministas, de brasileiras e estrangeiras também. O segundo dia,  foi iniciado com a concentração das margaridas para a marcha e a saída em direção a Esplanada dos Ministérios. A marcha este ano apresentou a plataforma política através de uma cartilha entregue a todas margaridas, a  plataforma política das mulheres do campo, das águas e das florestas. A marcha tem sido um caminho coletivo de construção de um projeto de sociedade que propõe um Brasil sem violência,  onde a democracia e a soberania popular sejam respeitados, a partir de relações justas e igualitárias. Por meio desta plataforma política nos dirigimos à toda sociedade brasileira, com o intuito de denunciar o processo de desmonte do estado,  retiradas de direito, opressão,  assassinatos, retrocessos sociais, ambientais e políticos.

Comissão de Jovens Multiplicadores da Agroecologia (CJMA)

Pra mim enquanto jovem foi um grande prazer participar desta atividade, me ajudou a compreender questões que acontecem na minha vida que nem me dava conta que são situações de machismo e patriarcado. Saí da marcha com o desejo de levar este debate para outras jovens em minha comunidade. E sou muito grata pela oportunidade de representar a CJMA neste espaço de luta, organização e mobilização das mulheres. Por isso,
seguiremos em luta até que todas sejamos livres!

Que bom ter você por aqui…

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