Encontro Internacional de Agroecologia promove intercâmbio de experiências entre Brasil e América La

foto encontropor Nathália D’Emery (Centro Sabiá)

Encerra-se nesse sábado, dia três de agosto, na cidade de Botucatu, em São Paulo, no campus da Universidade Estadual Paulista (UNESP), o III Encontro Internacional de Agroecologia (EIA). Na organização do evento, está o Instituto Giramundo Mutuando, além da Faculdade de Ciências Agrônomas da UNESP, a Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas, bem como diversas organizações nacionais e internacionais vinculadas aos estudos e práticas agroecológicas. A expectativa é que o evento tenha reunido um público de aproximadamente duas mil pessoas.

O Encontro Internacional vem na perspecitiva de articular diversas redes que trabalham com Agroecologia no Brasil e na América Latina. Com o tema “Redes para Transição Agroecológica na América Latina”, a programação do III EIA contou com palestras, debates, oficinas, minicursos, mesas redondas e carrosséis de experiências. Destaque para a Feira de Saberes e Sabores, com trinta stands de expositores de cooperativas, organizações, entidades e movimentos sociais, promovendo um intercâmbio de experiências e culturas, com espaço também para a alimentação agroecológica. Vieram participantes de todas as regiões do país e dos quatro continentes do planeta, além de palestrantes.

A partir do tema central e das atividades propostas, a ideia foi promover uma troca do universo técnico e científico com os saberes populares entre acadêmicos/as, pesquisadores/as, técnicos/as, estudantes, agricultores/as familiares, organizações e gestores públicos envolvidos ou interessados nas experiências com Agroecologia. Na pauta dos debates, questões como: a Agroecologia como estratégia para um desenvolvimento rural sustentável; a articulação de redes que auxiliam as organizações no fomento a transição agroecológica na América Latina; as mudanças climáticas e os sistemas agroecológicos; os currículos de formação em Agroecologia nos cursos de graduação e pós-graduação; a Política Nacional de Agroecologia e Produção de Orgânicos (PNAPO); entre outros.

Sobre a PNAPO,   Beatriz Stamato, integrante da coordenação do III EIA, diz: “vamos fazer uma roda governo e organizações, repassando um pouco o histórico de como foi construí-la, quais os principais gargalos e como avançamos com esta política no país. Estarão presentes Ministérios importantes envolvidos com a temática, assim como outras organizações que se envolveram com a política desde o princípio”. Por conta dos avanços do Brasil na Agroecologia, a terceira edição do EIA está maior em relação às outras e também com programação mais rica. “A intenção é promover rodas de conversa para ajustarmos pauta, alinharmos lutas e fortalecermos movimentos latinoamericanos de Agroecologia como um todo”, informa Beatriz Stamato.

O III Encontro Nacional de Agroecologia é um espaço para troca e reflexão. Para Virgínia Aguiar, professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco e sócia do Centro Sabiá, a importância do evento está na possibilidade de reunir pessoas de várias áreas e lugares, proporcionando contatos, conversas e discussões. “Temos feito um longo debate aqui no Brasil dentro do contexto da Associação Brasileira de Agroecologia, pensando princípios e diretrizes para uma educação com esta abordagem. Minha expectativa é que tenhamos um debate rico, trocando com experiências internacionais e que possamos chegar a alguns acordos, sensos comuns e aprofundamentos nas questões”, finaliza Virgínia.

Acompanhe na nossa página as conclusões finais do III Encontro Internacional de Agroecologia.


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