Fórum Social Mundial convoca à resistência em Salvador


Foto: site do FSM 2018

Com o lema “Resistir é criar, resistir é transformar”, Fórum acontece de 13 a 17 de março pela primeira vez no Nordeste do Brasil 

Por Sara Brito (Centro Sabiá)

Em 2001, no intuito de se contrapor ao neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico Mundial que acontecia em Davos, na Suíça, organizações e movimentos sociais construíram o Fórum Social Mundial, um espaço de debates e reflexão que reúne participantes de vários países. O objetivo maior do Fórum é construir propostas de alternativas para um mundo dominado pelos processos da globalização comandados por grandes corporações multinacionais a serviço do interesse dos mais ricos. 

Em 2018, o 13º Fórum Social Mundial acontece entre os dias 13 e 17 de março, em Salvador, depois de uma rodada por outros países. “O Fórum volta agora ao Brasil dentro de um contexto bastante difícil da política e da conjuntura brasileira. Então será um encontro marcado pela política de retrocesso e de golpe no Brasil e que nos anima para juntar a esquerda mundial para discutir caminhos de outro mundo possível diante da perspectiva de retrocesso que tem acontecido principalmente na América Latina”, explica Raimundo Cajá, da Escola Quilombo dos Palmares (Equip) e participante da organização do próximo Fórum. 

O Fórum de Salvador vai contar com seminários, plenárias, oficinas, atividades culturais e conferências. Terá marchas e atos pela cidade e mobilizará a comunidade acadêmica e redes solidárias de acolhida a participante. Está sendo chamado de Fórum das Resistências, pela presença de discussões sobre questões de perda de direitos no Brasil. “Esse fórum vai trazer também as questões que permeiam o racismo no Brasil, especificamente a violência contra a juventude negra. Além de temas como a intolerância religiosa e a violência contra as mulheres, são os temas gritantes que nós estamos vivendo no Brasil e o Fórum com certeza trará essa bandeira de luta e de resistência”, ressalta Cajá. 

A expectativa é que o Fórum Social Mundial em Salvador reúna 50 mil pessoas. Já está confirmada a presença de mais de 30 países, principalmente do continente europeu, americano e africano. No Brasil, estão sendo organizados comitês estaduais para mobilização e articulação da participação das delegações no Fórum, de acordo com encaminhamento da Reunião do Conselho Internacional do Fórum.   

 

Em Pernambuco, foram escolhidas nove organizações sociais para compor a coordenação do Coletivo Estadual: Movimento de Bairros, Vilas e Favelas, Grupo Adolecer, Grupo Convergência Negra, Coletivo de Economia Solidária de Pernambuco, Campanha Nacional da Educação, Movimento dos Povos Tradicionais das Cidades, Mirim Brasil, Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (Gajop) e a Escola Formação Quilombo Palmares (Equip). No próximo dia 5 de fevereiro acontece a 3º Plenária do Comitê Pernambucano do Fórum Social Mundial, aberto a todos e todas interessados. A reunião acontece às 14h, no Sinttel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Pernambuco), no bairro da Boa Vista, no Recife.

Inscrições – As inscrições para o Fórum Social Mundial 2018 (FSM 2018) continuam abertas no site do Fórum até o dia 10 de março. Os interessados podem se inscrever nas modalidades: Participante, Comitê e Grupo de Trabalho, Entidade, Atividades, Inscrições Solidárias e Casos Especiais. Qualquer pessoa pode se inscrever; as inscrições podem ser individuais ou coletivos e organizações podem inscrever Atividades que farão parte da programação do Fórum e serão autogestionadas.  

Mais informações no site: www.wsf2018.org

 

Que bom ter você por aqui…

Nós, do Centro Sabiá, desde 1993 promovemos a agricultura familiar nos princípios da agroecologia. Nossa missão é "plantar mais vida para um mundo melhor, desenvolvendo a agricultura familiar agroecológica e a cidadania". Seu apoio através de uma doação permite a continuidade do programa Comida de Verdade Transforma e outras ações solidárias e inovadoras junto ao trabalho com crianças, jovens, mulheres e homens na agricultura familiar.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *