Juventudes, agroecologia, solidariedade e geração de renda

Foto: Olívia Godoy / Acervo do Centro Sabiá 

Juventudes, agroecologia, solidariedade e geração de renda

Juventude negra e periférica recebem 300 cestas com alimentos agroecológicos em ação de combate ao coronavírus

A pandemia do novo coronavírus tem nos mostrado que é mais do que necessário cuidarmos uns dos outros, principalmente, dos que estão em maior vulnerabilidade social e econômica. Diante do atual cenário, onde o aumento das desigualdades afetam diretamente as famílias mais pobres, o Centro Sabiá, o Fórum de Juventudes de Pernambuco (FOJUPE) por meio da Campanha Jovens pelo Direito de Viver, com apoio da Terre des Hommes Schweiz, da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE) e da Escola Quilombo dos Palmares (EQUIP); e em parceria com a Comissão de Jovens Multiplicadores/as da Agroecologia (CJMA), a Campanha Permanente Contras os Agrotóxicos e Pela Vida, a Periferia Viva, o Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua de Pernambuco, o Instituto de Protagonismo Juvenil, a Actionaid, a Casa da Mulher do Nordeste, a Diaconia, a Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (FETAPE) e os coletivos: Juventude Anticapitalista (RUA), CABE+ e Juntos Somos Mais Fortes, distribuirão 300 cestas de alimentos agroecológicos acompanhadas de material de higiene e limpeza para famílias em situação de insegurança alimentar no estado de Pernambuco.

Esta ação atenderá diretamente 1.500 pessoas de cinco municípios pernambucanos – dois da Região Metropolitana do Recife (Cabo de Santo Agostinho e Recife) e três da Região do Agreste (Surubim, Vertentes e Cumaru). Um dos grandes diferenciais desta iniciativa é a estratégia de compra de alimentos dos agricultores e agricultoras familiares, que produzem de forma agroecológica, valorizando seus conhecimentos, sem veneno e expressando a riqueza da nossa biodiversidade; e ao mesmo tempo de atendimento às populações das periferias e das comunidades mais pobres da zona rural que estão em situação vulnerabilidade social. Além do protagonismo das juventudes do campo e da cidade que estão promovendo agroecologia, solidariedade e geração de renda local.

As distribuições das 300 cestas agroecológicas acontecerão em datas diferentes. Na Região do Agreste, as entregas serão feitas entre os dias 24 e 25 de julho e beneficiarão 100 famílias – 30 no município de Vertentes; 30 em Cumaru e 40 em Surubim. E na Região Metropolitana do Recife, ocorrerão no dia 28 de julho e ajudarão 200 famílias, sendo 50 na cidade do Cabo de Santo Agostinho e 150 na cidade do Recife.

Os produtos das cestas agroecológicas são oriundos da produção da agricultura familiar, cooperativas rurais e movimentos camponeses da Zona da Mata Sul, Agreste e dos Sertões do Pajeú e do Araripe de Pernambuco, e também do estado de Sergipe. A produção agroecológica, além de não usar venenos, é sustentável, não prejudica o meio ambiente e não contamina as pessoas, os alimentos, a água, o solo e o ar; favorece relações sociais mais justas; impulsiona a economia solidária e fortalece o empreendedorismo feminino e juvenil. São novas formas de produção, comercialização e consumo de alimentos que garantem o direito humano a uma boa alimentação para todas e todas, em especial durante a quarentena, onde muitas famílias estão em situação de insegurança alimentar, por perderam suas rendas, estarem doente e ou não terem como trabalhar.

Cada cesta de alimentos agroecológicos contém 2kg de açúcar mascavo, 500g de rapadura, 3kg de arroz, 500g de fubá de milho, 10 bananas comprida, 36 bananas prata, 3k de batata doce, 3kg de cará, 2 cocos seco, 1kg de farinha de mandioca, 1kg massa de mandioca, 1kg de goma de mandioca, 3kg de macaxeira, 500g de farinha de milho e 1kg de polpa de fruta. Também acompanha cada cesta 2 águas sanitárias, 1 pacote de sabão em barra com 5 unidades de 200g cada e 2 sabonetes antibacterianos.

Para Derson Silva, coordenador estadual do FOJUPE, a ação de fornecimento de alimentos saudáveis e kits de higiene se inserem na dimensão do cuidado e das estratégias que as juventudes vêm assumindo como ferramenta de articulação e incidência política. Os efeitos gerados pela pandemia trouxe para o contexto das juventudes um aprofundamento das desigualdades e da desproteção social, o que exige de nós empenho para propor alternativas criativas, saudáveis e sustentáveis. “O FOJUPE em diálogo com todas as organizações parceiras têm pensado formas para dar suporte às juventudes por ações diretas como essa, mas também por meio da incidência política cobrando dos órgãos públicos que cumpram com o seu papel garantido as juventudes de Pernambuco o direito básico de viver”, ressalta Derson.

Comer é um ato político, social e cultural, mas acima de tudo um direito! Campo e cidade juntos na luta contra o coronavírus.

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